Chegou o momento do Memory Chips falar de Chico Anysio, este fantástico humorista brasileiro que nos encantou por décadas e que estará para sempre em nossa memória.

Chico Anysio (1931-2012)
Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho mais conhecido como Chico Anysio, nasceu no município de Maranguape, Ceará, no dia 12 de abril de 1931. Começou cedo no ramo artístico já fazendo imitações aos 8 anos de idade e desde então não parou mais.

Não podemos classificá-lo apenas como humorista pois seu imenso talento permitiu que ocupasse diversas profissões, entre as quais Chico foi ator, escritor, locutor, redator, comentarista esportivo, dublador, pintor, compositor, diretor, radialista, etc.

Nesta página o Memory Chips não tem a pretensão de relatar sua biografia mas apenas prestar uma sincera homenagem a esta incrível figura que com seu humor refinado e inteligente ficou para sempre na memória nacional.

Esteve presente (entre outras coisas) no rádio, no cinema, nos teatros, nos livros, nos discos e nas TVs brasileiras por décadas !

Com sua gigantesca criatividade e inteligência criou mais de 200 personagens que nos fizeram não apenas rir mas também pensar e criticar o que acontecia em nosso país.

Me lembro de quando pequeno dar muita risada escutando seus LP´s com as histórias que ele contava em seus shows.

Lembro de ler alguns de seus livros e de assistirmos de noite, a família toda junta na sala, a seus programas de TV como Chico City ou Chico Anysio Show.

Depois, brincando com os colegas na escola, repetíamos alegremente os bordões de seus personagens.

Segue aqui uma lista com alguns dos principais programas de TV que Chico Anysio fez parte:

- Noite de Gala (1957 – TV Rio)

- Só tem Tantã (1959)

- Chico Anysio Show (1960-1963 / 1971-1972 / 1982-1990)

- Você tem Tempo ? (1971)

- Chico City (1973-1980)

- Fantástico (1973-1989)

- Azambuja & Cia (1975)

- Chico Total (1981)

- Estados Anysios de Chico City (1991)

- Escolinha do Professor Raimundo

- Zorra Total (1999-2004)

Além de diversas participações em novelas, mini-séries, comerciais e outros programas da TV.

Sua obra é gigantesca e Chico normalmente escrevia e interpretava seus próprios textos. Abaixo selecionei uma lista em ordem alfabética com 30 de seus mais memoráveis personagens (na nossa opinião) e seus respectivos bordões. Lembrando que seu primeiro personagem foi o Professor Raimundo, aquele da escolinha que estreou na rádio nos anos 50.

Alberto Roberto

É um ator canastrão com um ego enorme, usa uma touca de renda na cabeça e se considera um símbolo sexual, mas sua atuação desastrosa normalmente tira do sério seus convidados e o diretor Da Júlia interpretado por Lúcio Mauro.

Bordões: "Não garavo!", "Eu sou um símbalo sescual."

Apolo
Apolônio Fortes é um homem franzino que vive cansado por causa de seu casamento com Dona Pureza (Sandra Pêra / Cláudia Jimenez), uma mulher ninfomaníaca que exige muito de seu pobre marido.

Bordões: "Ainda morro... disso!", "Eu tô prejudicado."

Azambuja
Paulo Maurício Azambuja, filho de Dona Lupicínia (Haydée Fernandes) é um malandro carioca que vive aplicando golpes para ganhar uma grana onde é ajudado pelo seu parceiro Linguiça (Wilson Grey). Azambuja, entre outras coisas, já foi jogador de futebol do Bonsucesso e participou de um conjunto musical na juventude.

Bordões: "Tô contigo e não abro!","Tá danado, tá danado…!"

Baiano
É uma sátira ao cantor baiano Caetano Veloso. Integrou o conjunto Baiano e os Novos Caetanos ao lado de Paulinho Boca de Profeta (Arnaud Rodrigues), parodiando o grupo Novos Baianos, com quem gravou alguns discos nos anos 70 e 80.

Também formou dupla e gravou um disco com Amaralina (Nádia Maria) que era uma sátira a cantora Elba Ramalho.

Bordões: "Legal… Tô numa boa. Tá sabendo, Paulinho…?", "Legal não, eu sou esperto!","É um toque!","Tá com os dedo no lugar, Paulinho?"

Bento Carneiro

Valdevino Bento Carneiro é um vampiro brasileiro que tem um sotaque caipira e se apresenta como "Aquele que vem do aquém do além, adonde que véve os mortos".

Mora em seu castelo junto a seu fiel assistente Calunga (Lug de Paula) mas não consegue assustar ninguém, muito pelo contrário, é um vampiro medroso e desnutrido.

Bordões: "Vampiro brasileiro... pzztt!","Tomou, papudo?", "Não creu n'eu, se finou-se.", "Se ele debochar d'eu... minha vingança sará malígrina!", "Ele que se atreve a ... dispois das doze badalada notúrnica!", "Cuidado ocê que tá aí se rindo d'eu ! Vô lhe pichar uma mardição.", "Se eu querê, eu uso meus poder para..."

Bozó

Sérgio Dias Magalhães Marinho é supostamente o nome de Bozó que com seu penteado característico, os dentes para frente e sua gagueira, fala para todo mundo que trabalha na Globo e tenta tirar vantagem deste fato fingindo que é um importante funcionário da emissora.

Bordões: "Eu-eu trabalho na Globo, tá legal ?"

Bruce Kane

Bruce Kane é um ator canastrão americano que interpreta diversos personagens em filmes e em suas falas sempre faz referência a sua cidade natal Cincinati, Ohio. Bruce Kane é dublado por Antônio Patiño e Isaac Bardavid de uma maneira bem forçada e cheia de clichês o que deixa tudo mais engraçado.

Bordões: "Fui claro!!?", "Macacos me mordam...?", "Eu sou Bruce Kane, de Cincinati, Ohio!"

Cascata

Armando Cascata é um palhaço aposentado que tem como filho Cascatinha(Castrinho). Cascata é um tremendo pai coruja e está sempre pronto para ajudar e defender seu amado filho.

No programa Chico City, Cascata e Cascatinha aprontavam tanto que levavam a diretora do colégio, Madame Dulcina(Lupe Gigliotti), a loucura.

Bordões: "Meu garoto!" que era respondido pelo cascatinha com "Meu pai-pai"

Coalhada

Otávio Arlindo Antunes do Nascimento é um jogador de futebol estrábico com cabelos encaracolados que com a ajuda de seu empresário Bigode (Amândio Silva Filho) já jogou em diversos clubes.

Apesar de se achar um craque é um perna-de-pau que vive se defendendo das críticas de torcedores e comentaristas esportivos.

Bordões: "Mas hein!?", "Depois eles dizem que o Coalhada é isso, que o Coalhada é aquilo…"

Coronel Limoeiro

João Pessoa do Limoeiro é um fazendeiro que morre de ciúmes de sua bela esposa Maria Tereza (Zélia Hoffmam).

Bordões: "Maria Tereeeeza! Isso me ama, isso me ama. As pessoas dizem que ela se casou comigo porque eu tenho dinheiro, mas não… Isso me ama!"

(Em breve) Na próxima página você confere a continuação dos personagens deste

inesquecível humorista !!!